Capela de Nossa Senhora do Rosário em Gouveia
| IPA.00018597 |
Portugal, Bragança, Alfândega da Fé, União das freguesias de Eucisia, Gouveia e Valverde |
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Arquitectura religiosa, rocócó e neoclássica. Capela de planta longitudinal simples, com fachada rococó, em empena truncada por ático e cornija, sendo rasgada em eixo por portal de verga recta sobrepujado por janela de sacada em arco abatido. Fachadas circunscritas por cunhais apilastrados encimados por fogaréus, remates em friso e cornija, sendo as laterais rasgadas por janelas em arco abatido na zona do altar-mor, a esquerda com porta travessa com perfil idêntico. Interior com cobertura em falsa abóbada de berço abatido, em madeira pintada e retábulo de talha dourada e policromada, tardo-barroco. | |
Número IPA Antigo: PT010401070065 |
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Registo visualizado 33 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Planta longitudinal simples, de volume único com cobertura em telhado de duas águas. Fachadas em alvenaria rebocada e pintada de branco, com embasamento em cantaria de granito, cunhais apilastrados encimados por fogaréus assentes em plintos altos e remates em friso e cornija. Fachada principal virada a SO., em empena truncada por ático encimado por cornija curva e coroada por cruz florenciada; portal axial em arco abatido e moldura simples, encimado por janela de sacada, também em arco abatido e moldura superior contracurvada, com cornija contendo pequeno rosetão e, sobre a padieira, a data "1819"; sacada em cantaria com guarda em ferro forjado. Fachada lateral esquerda virada a NO., com porta e janela em arco abatido, com moldura simples. Sobre a cobertura, sineira em arco de volta perfeita assente em impostas salientes e remate curvo com pequena cornija. Fachada lateral direita virada a SE., com janela em arco abatido. Fachada posterior com duas janelas axiais, a superior em arco abatido e a inferior rectilínea, ambas entaipadas; fachada em empena coroada por cruz florenciada sobre pedestal. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco, percorrida por lambril pintado a azul, cobertura em falsa abóbada em arco abatido de madeira pintada em "trompe l'oeil", com motivos figurando uma balaustrada e medalhão central com imagem de Nossa Senhora do Rosário; a cobertura assenta em cornija marmoreada, tendo pavimento em cimento. Coro-alto de madeira pintada de azul, assente em mísulas decoradas e com pingentes, tendo guarda balaustrada em madeira pintada de castanho, com acesso por escadas no lado da Epístola. Janelas confrontantes em capialço. No lado do Evangelho, porta de acesso ao púlpito quadrangular, assente sobre mísula em cantaria com vestígios de policromia, tendo guarda plena, decorada com tecido policromo, e acesso por quatro degraus no lado direito. Zona do altar elevada por degraus em cantaria de granito, tendo retábulo de talha dourada e policromada, de planta recta e três eixos definidos por pilastras, as interiores com fustes decorados por borlas e as exteriores coríntias, com nicho central contracurvado e fundo pintado a imitar drapeados, surgindo, nos eixos laterais, mísulas coroadas por baldaquinos decorados por motivos fitomórficos, tendo lateralmente vasos floridos, motivos que se repetem no banco, tendo, ao centro, sacrário embutido, com ostensório a decorar a porta, encimada por elementos vegetalistas rendilhados; remate em friso com querubins pintados e cornija curva na zona central e frontão curvo com resplendor no tímpano; altar paralelepipédico com frontal apainelado e rodapé e sanefa decorados com ramadas; é ladeado por dois armários de apoio, de madeira em branco. |
Acessos
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A partir de Alfândega da Fé, pela EN 215, em direcção a Torre de Moncorvo; após 6 km., à esquerda, por EM, em direcção a Gouveia |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, isolado. A aldeia implanta-se sobre uma linha de cumeeira, nas faldas da serra da Gouveia, localizando-se a capela no centro de um pequeno largo situado junto à rua principal que atravessa a povoação. A capela não possui adro nem qualquer tipo de delimitação implantando-se no meio do largo pavimentado a alcatrão, confinando directamente com as vias públicas. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: capela |
Utilização Actual
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Religiosa: capela |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Bragança - Miranda) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 16 - provável construção da capela, onde terá funcionado a primitiva matriz; 1819 - reconstrução da capela, segundo testemunho oral local, por um padre que tinha estado no Maranhão, Brasil; feitura da estrutura retabular; séc. 20 - execução de novo pavimento. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Paredes em alvenaria; embasamento, pavimento, vãos, cornijas, cunhais e fogaréus em cantaria de granito; tecto e retábulo em madeira; varandim em ferro forjado; cobertura em telha. |
Bibliografia
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GONÇALVES, Carla A., CÂmara recupera capela do século XVI, in Mensageiro de Bragança, 27 Maio 2005; Alfândega da Fé - recuperação do património religioso, Notícias de Trás-os-Montes e Alto Douro, s.l., Ano VI, nº 87, Agosto / Setembro 2005, p. 5. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; Câmara Municipal de Alfandega da Fé, PDM, (http://www.cm-alfandegadafe.pt/uploads/document/file/2828/patrimonio__105-4__-_Euc_sia__Gouveia__Santa_Justa.pdf) [consultado em 29/01/2016] |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1850 - restauro das pinturas da cobertura; séc. 20 - novo pavimento no interior, em cimento; pintura do retábulo-mor; CMAF: 2004 / 2005 - diversas obras de beneficiação. |
Observações
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Autor e Data
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Miguel Rodrigues 2001 |
Actualização
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Conjunto urbano Aglomerado urbano Povoado Povoado proto-histórico Povoado fortificado
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Descrição
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No cume da elevação são visíveis vestígios do que terão sido duas cinturas de muralhas que cercavam o ponto mais elevado, hoje muito danificadas, constituídas por blocos de xisto sumariamente aparelhados e pedra miúda não aparelhada. Resta um talude formado por terra e grande acumulação de pedra. |
Acessos
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Estradão florestal a partir da EN 611 a NE de Gouveia |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, isolado e muito dominante. Cume e vertentes superiores do monte mais alto da freguesia, sobranceiro a Gouveia, prolongado para SE. por pequeno vale planáltico e nova elevação de perfil menos acidentado. Na cumeada, à qual os afloramentos graníticos emprestam perfil caprichoso, ergue-se marco geodésico. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Pública: terreno baldio |
Afectação
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Época Construção
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Proto-história (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Não aplicável |
Cronologia
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Época do Ferro - provável estruturação do povoado fortificado e construção das muralhas (LEMOS, 1993); Época medieval - provável ocupação como reduto defensivo; séc. 20, meados - destruição das muralhas pela remoção sistemática das pedras para obras públicas e privadas; 1994, 18 outubro - proposto como Imóvel de Interesse Público pelo PDM de Alfândega da Fé, DR 241 *1. |
Dados Técnicos
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Não aplicável |
Materiais
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Não aplicável |
Bibliografia
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LEMOS, Francisco de Sande, Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental, vol. 1B, Braga U.M., 1993; HIDROPROJECTO, Plano Director Municipal de Alfândega da Fé. Proposta de Plano, vol. 2, AMTQT, 1993. |
Documentação Gráfica
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DGEMN: DSID; Câmara Municipal de Alfandega da Fé, PDM (http://www.cm-alfandegadafe.pt/uploads/document/file/2828/patrimonio__105-4__-_Euc_sia__Gouveia__Santa_Justa.pdf), [consultado em 29/01/2016] |
Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - Integrado no "Complexo de Povoamento 3" proposto como Imóvel de Interesse Público pelo PDM de Alfândega da Fé e constituído ainda pelo Castelo de Picões na Ferradosa, pelo Castro da Cabreira no Rebentão - Cabreira, pela aldeia de Picões e pela aldeia de Cabreira. *2 - Vários dos actuais habitantes de Gouveia participaram na remoção das pedras das muralhas que descrevem como sendo constituídas por dois muros altos. *3 - Deve ser considerada uma possível relação deste povoado com um outro muito próximo, na mesma linha de cumeada, o Monte da Cerca (v. PT01040107041), Gouveia. A inexistência de materiais arqueológicos à superfície dificulta grandemente a atribuição cronológica. |
Autor e Data
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Alexandra Cerveira 1997 |
Actualização
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