terça-feira, 2 de agosto de 2011

DESCRIÇÃO

A freguesia de Gouveia fica no extremo lestes do concelho de Alfândega do Sul, na serra da Cabreira, sendo também uma das freguesias mais a sul do mesmo.
Situa-se na fronteira com o município de Torre de Moncorvo.
É constituída pela sede de freguesia e pelo lugar de Cabreira.
O povoado fortificado de Rebentão, sobranceiro ao rio Sabor, representa o povoamento inicial da freguesia.
Datado da Idade do Ferro, é um povoado de média dimensão, situado a cerca de seiscentos metros do Castelo de Picões.
Dominava estrategicamente toda a área em redor.
Era defendido por uma linha de muralhas.
 O chamado Castelo de Gouveia terá sido construído e inicialmente utilizado na Idade do Ferro, mas a partir da Idade Média passou a funcionar como reduto defensivo.
Foi proposto como Imóvel de Interesse Público, pelo PDM de Alfândega da Fé, em 1994.
No cume da elevação, são ainda hoje visíveis vestígios do que terão sido duas cinturas de muralhas que cercavam o ponto mais elevado, hoje muito danificadas, constituídas por blocos de xisto sumariamente aparelhados e pedra miúda
Segundo o Padre Francisco Manuel Alves, em "Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança", o nome da freguesia deriva do antigo verbo gouvir, que significa gozar.
O crescimento da população de S. Bartolomeu de Gouveia foi significativo até finais do século passado.
Chegou a ter 3116 habitantes, no primeiro recenseamento realizado no País, em 1890.
Em termos de património edificado, uma primeira palavra para a Igreja Paroquial de S. Bartolomeu. Construída em 1725, possui cinco altares.
 É uma igreja de características barrocas e rococós, com fachada em empena quebrada.
Planta longitudinal simples, com nave, capela-mor mais estreita, sacristia do lado esquerdo e torre sineira do lado direito.
O interior é coberto por madeira, em masseira na nave e em falsa abóbada de berço na capela-mor. Destaque para os retábulos de talha policromada e para o retábulo-mor rococó.
Além do templo paroquial, existem mais duas ermidas, dedicadas a Santa Marinha e à Senhora do Rosário.
Nesta última, funcionou inicialmente, no século XVI, a matriz da paróquia.
Hoje em dia, é um templo de características rococó e neoclássicas, onde se destaca, no interior, um retábulo em talha dourada tardo-barroco.
Caminhando pelas ruas típicas da freguesia, podemos ver ainda, no centro do Largo Municipal, um cruzeiro construído em 1868.
 Em 1994, foi proposto como Valor Concelhio.
É um cruzeiro oitocentista em granito, com soco e base de secção circular, capitel cúbico e cruz latina simples.
O capitel está invertidamente ecscalonado.
O elemento patrimonial mais recente desta freguesia é uma capela construída em 1984 no lugar de Cabreira.
Aí se celebra todos os anos, no dia 14 de Agosto, uma romaria à Senhora dos Remédios.

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